Artistas, eis a nossa estrada.

De certa forma, ainda não peguei o espírito da coisa. Já fiz algumas aulas de teatro, e as fiz durante um ano. Aulas de dança, alguns anos a mais de experiência, inclusive de dança contemporânea e uma pitadinha ínfima de dois meses de balé. Expressão corporal, relaxamento, festivais, grupos independentes, de tudo isso já participei ou tudo isso já fiz. Criar coreografias independentes a sua (minha) moda para apresentações e ensiná-las a grupos, escrever contos, crônicas, 'séries' em grande número, também já ousei. Criar projetos que nunca saíram do papel e que já saíram também, dar aulas para crianças, possuir uma certa amplitude em bagagem literária e em conhecimento sobre o assunto, protagonizar e ser coadjuvante, e, o mais arriscado, desafiar uma direção indireta de uma peça importante... fazem parte do meu currículo íntimo. Estava satisfeita até passar no vestibular para Licenciatura em Teatro. Desde que conheci meus colegas de curso, vi: eu não fiz praticamente nada! Quase todos eles se deram mais à arte que o dobro de mim. Vejo como sou pequena, como sou ainda tímida se comparada a eles, como não sei criar como julgava saber. E o que mais me doeu foi chegar à conclusão de que preciso ainda nascer como artista para depois amadurecer como tal.
Uma longa caminhada na qual derramarei suor e sangue, sentirei dor no corpo e na alma, terei de transformar o medo em coragem e nunca desistir. Para, no ápice ou no final de tudo, mesmo que eu seja uma grande atriz/escritora/dançarina/cantora - com ressalva/ diretora/professora não seja suficientemente recompensada e valorizada. É claro que a maioria do sacrifício tem como principal reconhecedor cada um de nós, e que é isso que nos traz felicidade, que nos faz ter orgulho de quem somos. Mas é certo que é fundamental ver as lágrimas e sorrisos do público como gestos de que trabalhamos bem. Afinal, queremos emocionar para nos sentir emocionados. Mas o que fazer se estamos no Brasil?!
E não é determinismo eu chamar os brasileiros de leigos e desinteressados pela arte. Porém, quem não concorda quando digo que o valor que nosso povo dá a ela não é tão grande assim?
Quantos sacrifícios enfrentamos para nos aperfeiçoar a troco de que? De ingressos muito baratos para ter alguém na plateia, de preconceito com a nossa profissão?
É certo que médicos salvam vidas, que advogados tentam manter a ordem e os direitos dos cidadãos, que os engenheiros projetam ótimas ideias. Sim, é certo que tudo isso se tornou fundamental à população e tem que ter o seu valor. Não questiono isso, mas admito que sinto certa inveja, porque, afinal, emoção é difícil passar e, sobretudo, tem gigante importância e necessidade para que os corações das pessoas não virem pedra. De que adianta a saúde se a alma for podre? A lei seguida sem o gosto de viver? De que adiantam seus carros, computadores, casas e celulares se tudo isso constitui a tua rotina e não foges nunca dela?
Nós estamos aqui, na luta. Antes, para nos aperfeiçoar e nos tornar bons profissionais da emoção e do ensino, depois, para agradar o público. E sempre na espera de que um dia sejamos reconhecidos. Enquanto isso não vem, eu fico aqui tentando. E lendo esse texto sincero vejo que, ao menos, já estou começando a pegar o espítiro da coisa.

dicionário

Esse amor é tão macio...
Tão macio e tão cheio de espinhos. Alguma mola solta, talvez nesse amor elástico, algum alfinete fugido do meu mural. A parte ruim dos meus sonhos coloridos.
Porque eu me deito, me conforto, giro e giro e adormeço. Nesse amor eu pinto e bordo palavras e palavrões. Nesse amor eu me algemo nas tuas mãos ou em camisa de força. E eu tenho a plena convicção de que sou insegura, a certeza de que não tenho certeza de nada.
Como uma criança demente-dormente, eu tateio o caminho para sentir o que os meus olhos não conseguem absorver. E absolvo os gritos, as lágrimas e as razões.
Criança perdida, sem risos e sem emoções.
Talvez o poeta não saiba amar, não, talvez eu não saiba do que se trata essa confusão.
Então por quê? Por que o balançar das tuas pernas me estala os dedos, me deixa nervosa e por que prende tanto a minha atenção quando você coloca a mão dentro da cueca...? Por que isso me puxa assim para perto da tela a qual nos separa e nos aproxima? Por que essa dúvida de: sou tua puta ou tua menina?
Por que você faz coisas tão sexys tão inocentemente e tão delicadamente?
Por que esse teu olhar me congela e me arrasta os pensamentos para um mundo atemporal?
E por que eu te amo tão grosseiramente?
Indelicada e distante não foi como te conquistei. Mas quem ama, perdoa, aguenta... e talvez cansa.
Então eu preciso saber dessas respostas para mudar a minha postura de amar e nunca te deixar cansar desse meu amor.

Scracho!

Como eu tô apaixonadinha '¬', reuni alguns vídeos que cantam um pouco do que eu sinto :D











Eu te amo, Pedro.
Todas essas músicas definem um pouquinho do imenso que eu sinto por você.

Meu blog é meu quarto!


Nossa, eu muito apaixonada!
Sabe o que é paixão? É tipo quando você come algum doce sem se importar se ele vai te fazer mal, se ele já te fez mal. Ai que vontade de morder, de sentir o teu gosto, amor.
Fechar os olhos e te morder.
Eu queria uma cidade só nossa, uma pintura só nossa. Nonde eu pudesse mergulhar.
Eu queria que o nosso amor fosse essa música que tá na minha cabeça, dançante.
Ela pode estar comigo em todo lugar.
Às vezes você pensa em mim.
Às vezes eu penso em você.
Às vezes isso acontece ao mesmo tempo.
E a gente se relaciona sem saber.
Eu quero levar uma vida moderninha, coisa de nerd.
falando besteira já.
Post random.
Fica comigo?
Fica!

men

Homens: por mais que você os ame, tenha cuidado com eles. Senão você se ferra. Nossa, acho que foi com a raça masculina que eu aprendi a remoer cada palavra dita e não dita e a levar tudo ao pé da letra. Eles não são tão burros assim, mas também não são inteligentes. E eu não sou tão inteligente assim, mas também não sou burra. Tanto faz, não tenho nada a esconder.
Mas eu não gosto dessa coleira no meu passado, que fique bem claro.

mel com ferro.

Agora eu não tenho mais medo.
Eu lembro do começo. Agora nem dói mais. Não tanto, só a dor fundamental.
15 anos de idade. 3 anos atrás. Inocência.
Ainda deve ter muita inocência em mim. Mas eu também aprendi muita coisa.
Principalmente, essas três:
1- Ninguém é obrigado a se preocupar comigo.
Pensando assim, dói menos quando não se importam.
2- Ninguém está dentro da minha cabeça e vai me entender com facilidade. Aliás, é bem provável que nem entendam, nunca.
3- Normalmente, é melhor nem tentar explicar. Como eu disse, ninguém entende. E acaba servindo só pra eu parecer uma idiota, infantil, imatura.

Não é falta de maturidade. Se você não entende, se você não tem cabeça ou coração pra me entender, também não me proíba, nem me crucifique, nem me abandone.
Sabe, é que ficar sem você dói.
Logo você que é por quem eu tanto luto, e talvez o principal motivo pra eu ter que passar por tantas coisas. Muitas dessas coisas você nem sabe, é a 3ª regra. Então, assim, me julgando, criticando, abandonando, tudo se torna só mais um motivo para cortar.
A pele é minha, o corpo é meu, a dor também. Vocês não entendem, então se não querem sentar ao meu lado, segurar minha mão, não segurem meus braços.