Essa invenção de sonhos mexe com a nossa criatividade. Criamos cheiros, gostos, esperanças... Tudo o que não existe, ou, se existe, é aperfeiçoado pelo nosso sistema ilusório chamado cérebro. Exageramos na necessidade que temos, de tudo que inventamos em nós, sem perceber; que temos em nós e não sabemos. Exageramos na perfeição da pintura. Dizem que amar é uma arte. E é mesmo! A literatura, ficção, na falsa transparência de nossos olhos, na previsível história que nos propomos a atravessar. Na música, que vem com o objetivo de trazer mais melancolia à vida, à fase. Por exercer grande influência em cada um. A encenação, essa acima de tudo; entramos no personagem, nos doamos, nos damos, nos vendemos, nos jogamos. Estendemos os braços cobertos por rosas a um amor, que deles só conseguirá os espinhos. Vivemos intensamente o sábado ensolarado, gozamos infinitamente até o fim. O fim, ele que sempre vem! E encenamos mais uma vez, o teatro da dor! Santa dor que há em todos os sorrisos e felicidades. Santa dor que não partes, vá embora, há a quem machucar ainda, eu já lhe tive por demais! Mas ela sempre existe, sempre está. Constante! E a temos em troca do que nos foi tirado, do que realmente queremos. As ondas trazem com força, tiram sem dó, sem esperar. A maré nos leva, nos deixamos levar, para o afogar. A serpente que nos seduz, depois enrola-se em nosso pescoço, adeus. ADEUS! Grito aos ateus do amor, amor existe, ele existe! Ele existe: é uma ilusão. É a arte do ilusionismo. E queima, venha com tudo. E vá, como as ondas do mar. Que vêm e vão, não importa o que aconteça.
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6 de abril de 2009 às 03:38
Déh, depois te falo o que achei, eu entendi o sentido do texto.
Mas o texto está bom sim, acredite.
Daniel / Dim.