A justiça não é cega, ela só não quer enxergar. O vazio de suas cabeças me incomoda tanto, que não sei explicar, apenas suporto. Fico me perguntando qual é o real motivo de eu estar ali, diante de vocês, presente. Simplismente respirando à sua companhia. Simplismente existindo. Simplismente escutando obrigatoriamente as coisas sempre iguais e sem sentido que vocês deixam escapar propositalmente por entre esses lábios sem cor. Como aguentam esse vácuo na cabeça? Esses gostos que não são gostos, são mais imitações, mas que vocês chamam assim, apenas por não terem do que chamar... como os suportam? Será que vocês não têm necessidade de algo próprio e sincero? Será que abominam a originalidade? Têm medo ou simplismente não vêem? Vocês não gostam de mim, eu sei. Aos seus olhos eu sou a revoltada, a drogada, a estranha, a tagarela... enfim, essas coisas e afins. Mas enganam-se, estas palavras não me definem. revoltada? por querer ser diferente, pensar diferente, agir diferente? Por dar importância a coisas como política, igualdade social e cultura? Por ter opinião? E uma opinião forte e direta? Que bate de frente com o que vocês decoraram da novela ou do orkut do amigo? drogada? por já ter experimentado alguma droga? ou por saber falar sobre essas coisas mais do que vocês? que no usam e abusam da ignorância pra explorar o espírito politicamente correto de : não usá-las. Vocês falam do que não sabem. Discrevem o que não entendem, de um jeito, obviamente, errado. estranha? por não pensar igual? por nao me vestir igual? por não freqüentar os mesmo lugares ou ouvir o mesmo cd arranhado? por não ri de qualquer besteira? por não ir na onda de suas ofensas toscas? tagarela? por não me calar até te convencer da minha razão? por não me calar até que você me convença da sua? Por ter sempre uma contradição à regra? Por ter o que dizer? Ou por não ter? Ninguém tem o direito de julgar. Perante à Deus e a 'justiça' criada pelos homens todos somos iguais. Mas nessa vidinha que vocês levam isso só existe no papel. Então acabam criando o suposto direito de poder me criticar. Se é pra ser uma exceção? Se é pra aceitar a opinião de alguém sobre mim? Que seja pelo menos quem tenha alguma coisa na cabeça, e não vocês, preenchidos apenas por esse sangue frio. Suas críticas, ou opiniões, que seja, não me definem. Sou o que sou, sou o que penso, e não o que vocês acham de mim. então danem-se os meus aparentes defeitos, sejam eles físicos ou psicológicos. Feio ou bonito, certo ou errado, verdade ou mentira... tudo é relativo. Tudo depende do seu grau de consciência e de conhecimento. e já que vocês os têm láááá embaixo, por quê eu iria considerá-los?
hein? ...
x.x'



20 de setembro de 2008 às 08:10
gostei muito desse texto!
muito bom mesmo! ^^