Entre meus olhos abertos e meus olhos fechados.

Por muito tempo, tive a dor como prazer na minha pele. Sensível, necessitando algo sentir para manter-se utilizável. As coisas consideradas sensações indesejáveis, costumavam me atrair. A ardência, a palpitação. Queria sentir o latejar, o amargar... até eu provar o teu beijo vicioso. Sublime, doce, forte, apertado. O contrário de tudo de antes. Nesse beijo eu prestei atenção. Com você eu senti a atração entre dois corpos. Dois imãs que puxam um ao outro.
Você sempre optou por se poupar do TALVEZ, calado. Achava que, mesmo aos poucos, conseguiria avançar. Você andou um passo à minha direção, e eu Kms à sua.
Isso eu poderia prever facilmente. Aconteceria. O que eu não esperava era a sua mão esperando a minha... depois. Meu braço no seu ombro, o seu na minha cintura.
Indo embora rápido, esperei o seu abraço que se trocou por um beijo impactante. E eu saí pensando em você.
Sinceramente, achei que aí estava um ponto final. Mas me disseram que disseram que eu estava com você. Isso eu também não podia prever.
Não poderia prever que, ao prestar atenção, encontraria um sentimento nascido do concreto. Eu não poderia prever que iria me acostumar a sonhar com você até de olho aberto. Eu só queria te dizer que eu não pude prever que não daria pra suportar ficar sem você por perto. Decerto, eu não pude esperar pelo seu declarar... assim.. tão reto... a mim.
Pensar nessa escravidão ao tempo em que nos encontramos, muito me entristece. Mas por hoje esquece isso. O tempo tá passando, O dia ta chegando. Sonha comigo e dorme bem... você merece

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