Eu sou a sua rotina. Já me acostumei a te notar acostumado a mim. Já me acostumei a te perceber se acostumando a mim. Eu já me encontrei desconfortável ao perceber-me iniciando um processo de acomodação perante sua necessidade de ter-me à tua frente, sendo assistida em múltiplos sentidos.
Por que eu sou teu Sol, e você errou ao me deixar descobrir isso. Por que eu sou a tua concepção de vida e isso é um veneno em minhs mãos. Por que eu sou teu tudo e estou exausta de ser teu centro de atenção
Você morreu sem provar da reciprocidade do teu sentimento por mim. Você não está mais aqui, entre meus dias e meus sonhos... entre minha realidade e meus devaneios... Mas, ainda assim, eu sinto o teu gostar me assombrar. De onde você está, não disfarça seu olhar vidrado em mim, penetrando-me, congeland0-me.
Em minhas veias corre um sangue quente, que esfria-se quando teus olhos mortos me fitam do teu mundo desconhecido por nós, meros vivos ignorantes à verdade da vida e da morte. Meros seres sem nenhuma concepção de lugar para onde vamos. Ninguém que me dissess qualquer teorema de mortos apaixonados e ludibriados por um humano, iria me convencer.
Mas o caso é diferente. A questão é que seu mórbido desejo por mim, espiritual que seja ele, atravessa minha carne e possui-me de tal modo que chego a perder os meus comandos corporais.
Eu ajo como se não fosse eu. Eu ajo como se um amor de outro mundo me controlasse e me roubasse o próprio prazer, excitando-se em seu inferno com minha necessidade inexplicável e incontrolável de obter, de todas as formas, esse macabro sentido.
Eu escuto teus risos, saindo pelas rachaduras das parades, das ruas nuas, prematuramente banhadas pelo silêncio do mistério dramático, que sinto partir desses teus olhos, mortos olhos, viciados olhos, acostumados e obedientes à rotina a que tu te agregaste, ao fitarem-me.
Por que eu sou teu Sol, e você errou ao me deixar descobrir isso. Por que eu sou a tua concepção de vida e isso é um veneno em minhs mãos. Por que eu sou teu tudo e estou exausta de ser teu centro de atenção
Você morreu sem provar da reciprocidade do teu sentimento por mim. Você não está mais aqui, entre meus dias e meus sonhos... entre minha realidade e meus devaneios... Mas, ainda assim, eu sinto o teu gostar me assombrar. De onde você está, não disfarça seu olhar vidrado em mim, penetrando-me, congeland0-me.
Em minhas veias corre um sangue quente, que esfria-se quando teus olhos mortos me fitam do teu mundo desconhecido por nós, meros vivos ignorantes à verdade da vida e da morte. Meros seres sem nenhuma concepção de lugar para onde vamos. Ninguém que me dissess qualquer teorema de mortos apaixonados e ludibriados por um humano, iria me convencer.
Mas o caso é diferente. A questão é que seu mórbido desejo por mim, espiritual que seja ele, atravessa minha carne e possui-me de tal modo que chego a perder os meus comandos corporais.
Eu ajo como se não fosse eu. Eu ajo como se um amor de outro mundo me controlasse e me roubasse o próprio prazer, excitando-se em seu inferno com minha necessidade inexplicável e incontrolável de obter, de todas as formas, esse macabro sentido.
Eu escuto teus risos, saindo pelas rachaduras das parades, das ruas nuas, prematuramente banhadas pelo silêncio do mistério dramático, que sinto partir desses teus olhos, mortos olhos, viciados olhos, acostumados e obedientes à rotina a que tu te agregaste, ao fitarem-me.