Reforma que não traz benefícios consideráveis.

terça-feira, janeiro 6 8:47 AM postado por debs
Quem realmente ama a nossa língua portuguesa vai concordar comigo que essa tal de Reforma vai complicar a vida de muita gente. Pessoalmente, acho que isso tudo só será bom para aqueles que não sabem acentuar e coisas do tipo. Nós, que adoramos escrever e corrigir os outros, que consideramos um pecado imperdoável cometer algum erro de português, seja ele no dia-a-dia ou, o que é muito pior, em algum texto, agora somos passados para trás e perdemos todo o mérito e prestígio. Anos e anos de leitura que, com nossa memória fotográfica, nos fizeram aprender perfeitamente a acentuar as mais difíceis palavras, estão indo todos para o lixo. E o pior de tudo é saber que toda essa adaptação teve como motivo principal regularizar oficialmente as duas grafias oficiais, o nosso português com o português de Portugal. Afinal, quem tem mais poder é quem decide, não é. O que nos resta, enfim, é ter que ceder. Começar a estudar e aprender a conviver com essas novas regrinhas chatas. Na minha opinião, isso só empobreceu a nossa ortografia, e, ao invés de facilitar a aprendizagem do nosso português, vai dificultar muito e confundir muita gente.

Aqui estão para os interessados essa pedrona no nosso sapato:

Alfabeto da língua portuguesa

A língua portuguesa passa a reconhecer o “K“, “W” e o “Y” como letras do nosso alfabeto, aumentando o número para 26 letras. Esta regra servirá para regularizar o uso dessas letras no nosso idioma. Exemplo: km e watt.

Regra das Tremas

As saudosas tremas foram abolidas da língua portuguesa. Você nunca mais precisará usá-las, a não ser para casos específicos, como o uso em nomes próprios. Exemplo: tranquilo e cinquenta.

Regra da Acentuação

- Hiatos terminados em “oo” e “ee” não são mais acentuados. Exemplo: leem e voo.

- Ditongos abertos em paroxítonas não são mais acentuados. Exemplo: ideia e jiboia.

- Ditongos com “u” e “itônicos não são mais acentuados. Exemplo: feiura.

- O acento continua em ditongos abertos em monossílabas, oxítonas e terminados em “eu“. Exemplo: chapéu.

- O acento em palavras homógrafas foram eliminados, com exceção no verbo “poder” (no passado) e “pôr”. Exemplo: pelo, para, pôde

.

- Não acentua-se mais o “u” em formas verbais rozotônicas precedido de “g” ou “q” antes de “e” ou “i“. Exemplo: apaziguar e averiguar.

Regra das Grafias Duplas

Para palavras onde a fonética é ambígua, como é o caso de Roraima, pode-se usar acentos da melhor forma que lhe convém. Exemplo: Rorâima e/ou Roráima.

Regra das Consoantes Mudas

Todas consoantes que não são pronunciadas, tais como exacto e óptimo, não serão mais usadas. O Brasil já adota esta regra há várias décadas. Exemplo: óptimo e objectivo.

Regra do Hífen

- Não utiliza-se mais hífens em palavras compostas cujos prefixos terminam em vogal seguida de palavras iniciadas com “r” ou “s“. A mesma regra serve para prefixos que terminam em vogal e palavras que começam com vogal. Exemplo: contrassenha e autorretrato.

- Mantém-se o hífen para prefixos terminados em “r” onde a outra palavra também começa com “r“. Exemplo: super-racional.

- Utiliza-se hífen quando a palavra começa com a mesma vogal que o prefixo termina, com exceção do prefixo “co“. Exemplo: anti-inflamatório.

- O hífen mantém-se em palavras que não possuem ligação em comum. A mesma regra aplica-se para prefixos “vice“, “ex“, “pré“, “pró” e “pós“. Exemplo: beija-flor.

- Não utiliza-se mais hífens em palavras compostas por substantivos, adjetivos, verbais, pronomes, etc. Exemplo: sala de jantar.


Bom, se você também odiou, seja bem-vindo ao grupo -.-

.

0 Response to "Reforma que não traz benefícios consideráveis."