dicionário

segunda-feira, abril 5 12:12 PM postado por debs
Esse amor é tão macio...
Tão macio e tão cheio de espinhos. Alguma mola solta, talvez nesse amor elástico, algum alfinete fugido do meu mural. A parte ruim dos meus sonhos coloridos.
Porque eu me deito, me conforto, giro e giro e adormeço. Nesse amor eu pinto e bordo palavras e palavrões. Nesse amor eu me algemo nas tuas mãos ou em camisa de força. E eu tenho a plena convicção de que sou insegura, a certeza de que não tenho certeza de nada.
Como uma criança demente-dormente, eu tateio o caminho para sentir o que os meus olhos não conseguem absorver. E absolvo os gritos, as lágrimas e as razões.
Criança perdida, sem risos e sem emoções.
Talvez o poeta não saiba amar, não, talvez eu não saiba do que se trata essa confusão.
Então por quê? Por que o balançar das tuas pernas me estala os dedos, me deixa nervosa e por que prende tanto a minha atenção quando você coloca a mão dentro da cueca...? Por que isso me puxa assim para perto da tela a qual nos separa e nos aproxima? Por que essa dúvida de: sou tua puta ou tua menina?
Por que você faz coisas tão sexys tão inocentemente e tão delicadamente?
Por que esse teu olhar me congela e me arrasta os pensamentos para um mundo atemporal?
E por que eu te amo tão grosseiramente?
Indelicada e distante não foi como te conquistei. Mas quem ama, perdoa, aguenta... e talvez cansa.
Então eu preciso saber dessas respostas para mudar a minha postura de amar e nunca te deixar cansar desse meu amor.

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