Eu fui trocada. Simplesmente, substituída. Como a roupa que você ganhou e não coube, ou você não gostou, ou você encontrou melhor, foi lá na loja e trocou. Fui deixada de lado, sem importância, sem valor. Brinquedo que você enjoou. Como o sapato que já é pequeno demais para o seu pé de gente grande. Antes o que havia, por invisível que fosse, entre nós era invariável. Mas você variou de mim, variou em mim, variou... mas não variou por mim. Você variou assim, sem dar tempo de precisarmos variar. E agora a minha alegria em te ver teve de mudar. Porque não sou seu perfume que você troca antes de acabar. Porque a nossa amizade era linda como a minha forma de te amar, eu não precisava dizer, gritar, mostrar. Meu amor sempre veio da alma, e não da boca. Ele sempre preencheu meus olhos, quer prova maior? Os olhos são as janelas da alma, e você sempre pôde notar em meu olhar o quão importante és para mim. A sua presença era o meu presente, agora você está ausente ao meu lado, como estou em seu coração. Diga-me: como pude te descativar? Assim, sem mais nem menos, sem tentar, ou querer, ou esperar...
Quando você passar por esse seu "ponto e vírgula", perceberás que eu era todo um parágrafo na sua vida, mas você pulou, pela pressa de saber como a história continuava. Não, não tenha preguiça de viver. Isso me dá pena de você, vivendo apenas a ilusão, comendo apenas o recheio e esquecendo a diversão.
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2 de maio de 2009 às 19:08
Pode não ser o que você quer ouvir (ler) mas... vai passar, sofrer faz parte da vida, e é ótimo se entregar a cada parte dela, mas não é saudavel se martirizar "eternamente" por algo, seja qual for este algo!
bj